quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Às vezes é necessário sair de cena...



Olá pessoal,

Desculpem-me pela ausência esse último mês, tive que passar por uma pequena cirurgia e ainda estou me recuperando.

A vida tem dessas coisas, então meu conselho hoje é que você cuide para não acelerar demais o seu carro (sua vida), freie de vez em quando, desligue um pouco o motor e descanse, curta a vida, a família, simplesmente tire um tempo para não fazer nada e estar com você! 

E não se culpe por descansar, desligar o motor às vezes, porque ele não tem necessidade de ficar ligado o tempo todo e nem deve. Se você souber usa-lo, mais tempo ele terá de vida útil e menos desgaste financeiro e psicológico ele trará pra você.

Seu corpo precisa disso, acredite somos "biopsicossocial":


BIO = significa "vida", um termo de origem grega utilizado em palavras que tenham alguma relação com o ser vivo. Diversas palavras usam o prefixo "bio", tais como: biologia, biodiversidade, biomedicina, biotecnologia, biografia etc.


PSICO= termo de origem grega, represetnando a alma ou atividade mental (mente)

SOCIAL= Que diz respeito à sociedade: ordem social. / Sociável. / Relativo a uma sociedade; interações sociais.



O homem moderno deve ser entendido sob um aspecto biopsicossocial. Toda história de vida deve ser analisada sob influências biológicas, psicológicas e sociais, aspectos esses que são interligados. 


O homem recebe influências do seu organismo internamente (genética, vírus, bactérias, doenças congênitas, defeitos estruturais), da sua percepção própria, experiências evivências de mundo (ações, pensamentos e sentimentos) e da sua interação com os diversos grupos (família, amigos), a sociedade e sua cultura.


Também o homem biopsicossocial recebe diferentes influências do meio ao longo de sua vida. Muitas áreas são importantes para a análise do comportamento humano, tais como: afetiva, familiar, conjugal, sexual, interpessoal (amizades), lazer, social, escolar,religiosa, trabalho, biológica (doenças), ambiente cultural, questões morais, regras sociais, costumes.


Então, não somos uma máquina certo? porque você sabe que até as máquinas param de funcionar e precisam de ajustes de vez em quando!

Não espere seu corpo somatizar e obrigar você a fazer uma parada obrigatória em meio a sua estrada de sucesso (pessoal e profissional).

Eu estou com meu carro parado obrigatoriamente nesse momento, mas estou recompondo as energias, refletindo em todas as esferas da vida.

Acredite as vezes é preciso sair de cena e olhar para a cena, dessa forma você consegue enxergar, sentir, e buscar alternativas e estratégias fantásticas!

                                          

Mas não precisa ser uma parada forçada, certo?!


Um forte abraço,

Michele Vizechi

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mudança de Paradigma: Centro de Treinamento X Universidade Corporativa


O que é Universidade (Educação Corporativa)?





Educação corporativa pode ser definida como uma prática coordenada de gestão de pessoas e de gestão do conhecimento tendo como orientação a estratégia de longo prazo de uma organização.
É mais do que treinamento empresarial ou qualificação de mão-de-obra. Trata-se de articular coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa

Como surgiu?

A mera repetição do trabalho e a reprodução do conhecimento eram suficientes para um bom resultado nos negócios. Aos “chefes” cabia a responsabilidade de analisar, interpretar e prospectar o ambiente de negócios e criar normas, manuais e regras que deveriam ser seguidos por todos da empresa.

Com a crescente demanda por treinar e desenvolver 
formam-se as áreas de treinamento e desenvolvimento das empresas cujo objetivo principal era desenvolver habilidades específicas, enfatizando necessidades da empresa para desempenho do empregado nas atividades operacionais, assim o chefe não ficaria sobrecarregado e poderia focar na produção em si.



Mesmo com o setor de treinamento e desenvolvimento as as organizações começaram a perceber que não podiam mais depender das Instituições de Ensino Superior na na qual encaminhavam seus colaboradores para qualifica-los;
Partiram para criação de suas próprias "universidades corporativas“ com o objetivo de obter um controle mais rígido sobre o processo de aprendizagem (custo X benefícios).

Em 1920 a General Motors incorporou uma escola noturna para a indústria automobilística. O General Motors Institute (GMI) durante 56 anos ajudou a transformar a GM na maior montadora do planeta. 
Em 1982 o GMI se transformou em uma escola independente e, em 1997, passou a ser conhecido como Kettering University. )

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É interessante ressaltar que o conceito de treinamento que se tinha nessa época baseava-se na concepção de “treinar” os operários a “serem executores”, ou seja, apenas a usar as novas tecnologias necessárias para o desempenho de suas atividades, a partir do ensinamento de fórmulas e manuais. Às áreas de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) cabiam apenas a função de entregar cursos ao público interno por força de demandas concretas, oferecendo programas cujo objetivo principal era desenvolver habilidades específicas, enfatizando necessidades individuais e sempre dentro do escopo tático-operacional.                        


Outros Modelos

Em 1972, a Fiat lançou sua própria universidade corporativa tornando-se modelo para muitas companhias do mesmo ramo. 

Desenvolvendo a qualificação de seus colaboradores, vinculando aos programas de aprendizagem as metas e resultados estratégicos reais da empresa.  




Conceitos

“A missão da Universidade Corporativa consiste em formar e desenvolver os talentos humanos na gestão dos negócios promovendo a gestão do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação) por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua.” ÉBOLI (1999).


A visão estratégica depende da aprendizagem e esta depende do desenvolvimento das capacidades;


Esta abordagem no que faz referência a Universidade Corporativa tende a considerar a administração estratégica como um processo de "aprendizado coletivo“;
                           
Visando desenvolver e explorar as competências distintas, difíceis de serem imitadas, propiciando vantagem competitiva para as organizações.


Objetivos Globais


Segundo Marisa Eboli, deve-se:
  • Disseminar o capital intelectual, fator este de diferenciação das empresas;
  • Despertar a vocação para o aprendizado;
  • Incentivar e estruturar atividades de autodesenvolvimento;
  • Motivar e reter os melhores talentos;
  • Contribuir para a satisfação pessoal, dentro de um bom clima corporativo.



Universidade Corporativa no Brasil

                        

Iniciou-se na década de 90;
Nessa época, a economia brasileira passou por um processo de abertura; os setores habituados ao protecionismo, se viram diante de concorrentes do mundo inteiro. 
Para superar os efeitos dessa abertura, as empresas tiveram que investir pesado em treinamento e capacitação dos seus empregados; além de maquinário moderno e novas tecnologias. 
Em 1992, surgiu a primeira universidade corporativa do Brasil, a Académie Accor, de um grupo francês.

                                       

Atualmente existe cerca de 500 Universidades Corporativas;

As empresas gastam de 3% a 5% da folha de pagamento com a educação continuada de seus funcionários.



Tipos de Universidades Corporativas



SOMENTE TREINAMENTO: 

  • São simplesmente departamentos de treinamento. 



TREINAMENTO MAIS DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E/OU EXECUTIVO: 
  • Enquanto treinamento foca as habilidades que são necessárias para uma tarefa específica; 
  • Desenvolvimento refere-se a educação que visa modificar aspectos no comportamento dos executivos.



CURSOS COM CRÉDITO ACADÊMICO: 
  • Por meio de parcerias acadêmicas, tem equivalência em disciplinas. 



CURSOS QUE LEVAM EFETIVAMENTE AO GRAU ACADÊMICO: 
  • Oferecem programas que levam ao nível de Bacharelado ou Mestrado. 
  • Para atuar neste nível a universidade corporativa deve receber credenciamento dos órgãos públicos competentes (no Brasil, a CAPES do Ministério da Educação).



Centro de Treinamento X Universidade Corporativa





Fatores Inovadores na Universidade Corporativa



Vive-se em um momento em que o mercado está cada vez mais competitivo e em busca de lucratividade;

Nesse contexto as estratégias de gestão estão sendo revistas e a inovação para as organizações é o melhor meio para a sobrevivência;
Práticas de educação corporativa estão intrinsecamente relacionadas ao processo de inovação nas empresas e ao aumento da competitividade de seus produtos (bens ou serviços).
                     


Muito embora a palavra universidade nos leve a pensar em um campus físico, a versão corporativa é diferente e inovadora. 

A visão estratégica depende da aprendizagem e esta depende do desenvolvimento das capacidades. 
Esta abordagem no que faz referência a Universidade Corporativa tende a considerar a administração estratégica como um processo de "aprendizado coletivo", propiciando vantagem competitiva para as organizações.



Melhor Universidade Corporativa do Mundo - 2015


Recebeu o prêmio internacional Global CCU Awards 2015 de Melhor Universidade Corporativa na França/ Paris. 

A premiação reconhece as melhores práticas e programas de educação corporativa existentes no mundo; 
Promovida pelo instituto Global Council of Corporate Universities (Conselho Global de Universidades Corporativas), com sede em Paris/França; 
Tem como o objetivo estabelecer uma rede na qual os profissionais de universidades corporativas possam compartilhar questionamentos, dúvidas e ideias; 

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Bem como aprender e colaborar uns com os outros em projetos inovadores na área de educação corporativa.

Candidataram-se à premiação grandes empresas multinacionais, como: Pirelli, Hilton Hotéis, Philips, Sberbank e Ernest Young; 
A banca avaliadora foi composta por renomados profissionais de educação corporativa de diferentes países; 

Na opinião do Diretor Gestão de Pessoas do Banco do Brasil Carlos Netto o sucesso da universidade se deve sobretudo à diversidade dos produtos disponíveis e à capacidade de constante inovação: 

"São mais de 300 soluções de capacitação oferecidas aos funcionários organizadas em Trilhas de Aprendizagem voltadas para o desenvolvimento de competências profissionais".  
Além dos cursos presenciais - ministrados em 128 salas de aula, 20 auditórios e 37 laboratórios de informática espalhados por todos os estados do Brasil a universidade oferece opções de capacitação online por meio do Portal UniBB, que recebe em média 33 mil acessos diários e no qual mais de 3,5 milhões de cursos a distância já foram concluídos; 

Em 2014, a universidade lançou o UniBB Mobile, disponível em tablets e smartphones, em sistema operacional iOS (Apple) e Android; com mais de 17 mil downloads efetuados, o aplicativo possibilita obter, a qualquer tempo, acesso ao conteúdo educacional na forma de jogos, infográficos, video-aulas, animações em flash, e-books etc.
Os funcionários do banco têm ainda à sua disposição uma biblioteca virtual com quase 3 mil volumes, acessíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana. No segmento de educação continuada, milhares de bolsas de estudos para cursos de idiomas, graduação, especialização, MBA, mestrado e doutorado são ofertadas anualmente. 
"Para a capacitação de líderes e futuros líderes do Banco do Brasil contamos com parcerias com instituições de renome internacional, como as universidades de Chicago e Columbia, nos Estados Unidos E o MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, referência mundial entre as escolas de negócios", afirma Carlos Netto.


Benefícios

                                          

Meio acessível e econômico de vincular constante aprendizagem às metas empresariais; 

Redução de custos na contratação de profissionais; 

É um processo de gestão do conhecimento; 
Promove o desenvolvimento dos colaboradores; 
Representa um diferencial competitivo frente ao mercado globalizado.
Atualmente o Brasil conta com mais de 500 Universidades entre elas empresas do setor financeiro, de telecomunicações, de serviços, de associações de classe, de empresas aéreas, automobilísticas, dentre outras; 
Hoje, na realidade brasileira, as iniciativas são significativas, mas ainda precisam ser consolidadas.






sábado, 17 de outubro de 2015

Conheça os Novos Pilares da competência - CHA + VE



                                 


      
     A figura de uma xícara com chá, conforme acima, é comumente utilizada para exemplificar os pilares das competências de um indivíduo, mas antes de prosseguirmos com os novos pilares que tal relembrarmos o que é tal da competência?

     Competência nada mais é do que o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que possibilitam o indivíduo a desempenhar determinada função na busca de resultados concretos em sua carreira profissional.

     Elas estão interligadas como no exemplo abaixo:

                        

     O Conhecimento é adquirido através de treinamentos teóricos, a Habilidade através do treinamento prático, já a Atitude só depende do querer, da vontade do próprio profissional.

    O Conhecimento e as Habilidades são aspectos técnicos e a Atitude são aspectos comportamentais.

    Observe:


                       


     Com uma nova visão do homem, do trabalho e da empresa, uma visão voltada para o futuro e para o destino das pessoas,  o processo de acréscimo de dois pilares que agregam o conjunto das competências esta gradualmente acontecendo, menciono desta maneira pois pouca teoria temos acerca desse novo conjunto.

    Penso que embora utilizamos sempre o termo (CHA), essas outras duas competências (VE) sempre estiveram implícitas na hora da contratação, o que acontece é que com a constante competitividade de mercado e o índice alto de turnover nas empresas, faz-se necessário uma atenção focada no que a empresa espera do candidato além das competências técnicas e aspectos comportamentais, e no inverso do candidato com relação a empresa da mesma forma, ambos buscam chegar o mais próximo possível do casamento perfeito!

     Vamos conhecer então os novos pilares?

  São eles: Valores e Ética, (algumas empresas utilizam o termo "entorno" ao invés de ética), por este motivo a utilização do termo CHAVE.


                     


    Valores: Trata-se da integridade do individuo, tais como honestidade, seriedade, responsabilidade, ou seja, "valores de berço".
    Ética: Trata-se desse conjunto de valores e princípios, mas que utilizamos para decidir as 3 três grandes questões da vida: “Eu quero, eu devo ou eu posso?”. Estabelece regras de convivência. Dentro deste termo podemos ir além, e citar o termo "moral", pois a ética são as regras impostas e a moral será como eu irei agir com a colocação da regra.

   Resumindo, para encontrar a chave do sucesso o profissional tem que buscar conhecimentos teóricos, pois tudo muda constantemente, deve coloca-los em prática, querer e fazer acontecer, reconhecer seus valores pessoais e os da empresa  para que o vínculo seja estabelecido de forma que empregado e empregador realizem uma troca mútua de aprendizados e ganhos contínuos.

   Mas não se engane!

   O fato de as pessoas possuírem o conjunto dessas competência não é a garantia de que eles irão agregar valor à organização, não interessa a competência que um individuo tem se ele não a entrega à organização, então, estude, treine e faça realmente acontecer! 

   Agora que você conhece os pilares da competência, identifique seus gaps (o que lhe falta) e busque preencher essas lacunas que lhe impedem de atingir o sucesso. 

    Mas dedique-se, muito!, porque leva se tempo para se ter sucesso, ele é meramente a recompensa natural de se usar o tempo para se fazer bem qualquer coisa. 


                                              

   Essa é a sua chave do seu sucesso! 


                                                 

   



domingo, 4 de outubro de 2015

Saiba o que mudou na ortografia brasileira...





Estes dados foram obtidos do Guia Prático Michaellis, seu objetivo é expor ao leitor,
de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por
Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.


Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita,não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma ofi cial, mas é um passo em direção à pretendida unificação
ortográfica desses países.


Como o documento oficial do acordo não é claro em vários aspectos, foi elaborado um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamenteso bre as novas regras. 


GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.  O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, indsurf, kungfu, yin, yang, William, kaiser, Kafka,kafkiano.

Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era, Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia
Atenção: essa regra é válida somente
para palavras paroxítonas. Assim, continuam
a ser acentuadas as palavras
10 DOUGLAS TUFANO
oxítonas terminadas em éis, éu, éus,
ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis,
troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se
usa mais o acento no i e no u tônicos
quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fi ca
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i
ou o u estiverem em posição fi nal (ou
seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fi ca
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo


Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) ela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fi ca
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Ele foi ao polo
Norte. Norte.
Ele gosta de jogar Ele gosta de jogar
pólo. polo.
Esse gato tem Esse gato tem
pêlos brancos. pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é prepo sição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois
carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de
Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm
a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles
convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o
poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles
intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?


Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

Veja:

a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas,
enxágua, enxáguam; enxágue,
enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques,
delínque, delínquem; delínqua,
delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.

Exemplos (a vogal sublinhada
é tônica, isto é, deve ser pronunciada
mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas,
enxagua, enxaguam; enxague,
enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques,
delinque, delinquem; delinqua,
delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.


Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém,
arqui, auto, circum, co, contra, eletro,
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra,
inter, intra, macro, micro, mini,
multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré,
pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub,
super, supra, tele, ultra, vice etc.

Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra
humano perde o h).


Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. 

Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno

Atenção: com o prefi xo vice, usa-se
sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,
vice-almirante etc.

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. 

Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente.
ultrassom


Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.

Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno


Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.

• Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefi xos circum e pan, usase o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

Quando o prefi xo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. 

Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo


Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.

Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra


Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. 

Exemplos: ponte
Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. 

Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

Para clareza gráfi ca, se no fi nalda linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. 

Exemplos:
Na cidade, conta--se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex--alunos.

Resumo
Emprego do hífen com prefi xos

Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.

Outros casos
 Prefi xo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente:
autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r
e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas
letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.

Prefi xo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante:
inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente:
intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual,
superinteressante.


Observações
1. Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém,recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,pró-europeu.